Conta-se que tinha um sujeito lá, um garoto, que maltratava demais a mãe e que o garoto era o capeta de ruim. O rapazola tanto aporrinhou a pobre da mãe que, num descontrole sem precedentes, a mulher amaldiçoou o filho. Disse que o garoto haveria de morrer seco! Pois bem. O tempo foi passando, passando e o rapaz foi minguando, minguando, até que minguou tanto que morreu.
Não bastasse o drama, diz que ao enterrarem o rapaz, o túmulo rejeitava. A terra expulsava o cadáver. Diz que tentaram uma vez, duas, três e nada. A terra punha o cadáver pra fora. Começou a rolar o papo de que o menino era tão ruim que nem a terra aguentava. Então um grupo de pessoas fez uma última tentativa. Enterraram o defunto numa serra das imediações, cavaram um buraco e botaram o cadáver lá. Como a terra não o rejeitou dessa vez, a serra ficou conhecida como a Serra do Corpo Seco.
Depois disso, seja lenda, imaginação ou sei lá o quê, as pessoas começaram a ver um sujeito que andava sem destino por ali. Dizem que o garoto seco virou um zumbi que ainda hoje perambula pela serra, sem destino. Muita gente duvida, mas muita gente diz que viu...
O fato é que a história persiste há mais de 150 anos e como onde há fumaça, há fogo, o caso tornou-se parte da história de Ituiutaba. Agora um decreto oficializa isso. A lenda do corpo seco virou patrimônio cultural da cidade. Esse é um dos meios de se preservar a cultura popular de um povo, de uma gente, de um país.
Mas esse caso chama a atenção não por isso. Pensemos na mãe do garoto, lá em 1850. Como será que a pobre mãe enfrentou o poder de sua maldição? Será que ela acompanhava o filho minguando com alívio ou desespero? Porque, segundo dizem, mãe é mãe, e por mais que o filho seja um safado, um perdido, um canalha, a mãe sempre estará a seu lado. Dizem...
Noutros momentos essa mãe parece ser uma feiticeira de poderes extraordinários. Vai saber?
Fonte: http://entretenimento.r7.com/
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